Na Ovos Mombuca a produção de ovos enriquecidos se supera! Isso porque, além da suplementação fornecida às aves, as galinhas que produzem esses ovos são criadas no sistema solto de criação.
Ou seja, as galinhas são livres de gaiola e vivem no sistema conhecido por “galinhas felizes”! Que visa produzir ovos sob a ótica de bem estar animal. Nesse sistema, as aves expressam suas 5 liberdades:
– Livre de fome e sede;
– Livre de desconfortos;
– Livre de dor, doenças e injúrias;
– Livre de medo e estresse;
– Livre para expressar seus comportamentos naturais.
Essas liberdades são uma espécie de declaração de direitos dos animais! Portanto, todas as aves devem ter acesso a água e alimento adequado para manter sua saúde. O ambiente em que elas vivem deve apresentar boas condições de abrigo, descanso e local para botar seus ovos, além de ser projetado para prevenir incômodos físicos e térmicos.
Deve-se garantir a prevenção de doenças sempre que possível, porém se algum animal ficar doente é necessário um rápido diagnóstico e o tratamento adequado deve ser disponibilizado aos animais.
Não é só o sofrimento físico que precisa ser evitado. Os animais também não devem ser submetidos a condições que os levem ao sofrimento mental, para que não fiquem assustados ou estressados, por exemplo.
Em se tratando dos comportamentos naturais, esperamos que as aves criadas livres de gaiolas apresentem:
– bater de asas;
– banho de areia;
– fiquem empoleiradas;
– deitem sem dificuldade ou amontoamento;
– etc.
Esses índices de bem-estar possuem bases científicas e se justificam pelo conhecimento da fisiologia, do comportamento animal e da saúde das aves poedeiras. Portanto, todo o protocolo de bem-estar animal para uma granja que cria suas galinhas no sistema livre de gaiola deve ser baseado nesses 5 pilares!
É de suma importância que todas as pessoas envolvidas no processo de criação das aves também sejam treinadas nos conhecimentos de bem-estar animal! Dessa maneira poderão identificar possíveis pontos de melhoria no sistema de criação e, ao mesmo tempo, evitar o estresse desnecessário às aves. Legal, né?
O que fazer para assegurar as 5 liberdades?
Para garantir que as aves fiquem livre de fome e sede, o número de comedouros e bebedouros necessários em cada galpão é calculado! Assim, garantimos que não haja competição entre as aves no momento de comer ou beber, ou seja, há um número ideal de comedouro/bebedouro por m2 do galpão.
A densidade de aves no galpão, ou seja, o número de aves que serão alojadas por m2 , também é restrita. Esse manejo é realizado a fim de garantir espaço suficiente para as aves se movimentarem livremente. No caso de aves vermelhas, deve-se alojar menos aves por m2 , pois são aves maiores e, portanto, ocupam mais espaço no galpão.
A quantidade de bocas de ninho e poleiros também é controlada para que as aves consigam botar os ovos e empoleirar sem disputa. A localização e estrutura dos ninhos devem favorecer o conforto e o comportamento natural das aves.
Outras variáveis consideradas para assegurar um bom nível de bem-estar das aves são: debicagem, muda forçada, programa de luz e programa de biosseguridade.
1. Debicagem
A debicagem é um procedimento cirúrgico com lâmina quente para corte e cauterização do bico. O principal objetivo é minimizar atos de canibalismo entre as aves, entretanto esse tipo de comportamento não é esperado em aves que vivem bem e livres de estresse! Sendo assim, os órgãos que regulam as normas sobre bem-estar animal proíbem a debicagem e permitem apenas o aparo do bico.
O aparo do bico é uma intervenção muito menos invasiva que pode ser realizada no primeiro dia de vida, no incubatório. Nesse caso, o aparo é feito através de radiação infravermelha no tecido do bico, cuja ponta cai após 10 dias aproximadamente, sem cortes ou sangramento.
2. Muda forçada
Outro manejo polêmico para o bem-estar animal é a muda forçada. A muda é um manejo muito antigo que visa a renovação do aparelho reprodutor e, assim prolongar o período de produção de ovos dessas aves.
As aves podem entrar em muda de maneira natural, processo no qual as aves perdem e renovam suas penas, param a produção de ovos e passam por modificações fisiológicas. Porém, sabemos que por ação humana conseguimos induzir essa muda ao deixar as aves por um período sem alimento.
O estresse causado faz as penas caírem e gera um “restart” do sistema reprodutor, ou seja, as aves que estavam no final do ciclo de produção voltam a botar ovos. Entretanto, sob o ponto de vista do bem-estar animal esse manejo fere no mínimo 2 liberdades, livre de fome e de estresse, e, portanto é PROIBIDO!!
3. Programa de Luz
O programa de luz é muito importante para induzir, acelerar ou atrasar a maturidade sexual das galinhas e, assim controlamos com qual idade as aves iniciarão a postura dos ovos. As aves só se tornam fotossensíveis a partir da 10 a semana de idade e dessa idade em diante respondem aos estímulos de luz.
Cada linhagem disponibiliza em seu manual o número ideal de horas de luz para cada faixa de idade das aves, mas de acordo com as diretrizes de bem-estar animal recomenda-se que no mínimo 8 horas de escuro sejam fornecidos para as aves, a fim de garantir o descanso dos animais.
4. Programa de Biosseguridade
Por último, mas longe de ser menos importante, o programa de biosseguridade é fundamental para qualquer tipo de criação animal. Este programa deve detalhar as atividades relacionadas às medidas para evitar a entrada e saída de patógenos.
O programa deverá detalhar ações como: vacinações, controle diário das condições das aves, monitoramento da mortalidade, identificação de sinais e comportamentos estranhos associado a medidas para prevenir contra o sofrimento. As pragas também devem ser controladas por um Programa de Manejo Integrado de Pragas e os dados de consumo de água e ração devem se registrados e armazenados.
Nos dias de hoje sabemos que a biosseguridade é imprescindível, pois é um conjunto de procedimentos técnicos com objetivo de prevenir de forma direta e indireta, diminuir ou mesmo controlar os desafios gerados na produção de animais frente aos agentes patogênicos.
Consumo de ovos produzidos por aves livres, quais as vantagens?
A empresa que escolhe criar suas galinhas dessa maneira atende um nicho específico de consumidores que cresce a cada dia e que estão preocupados com o tipo de alimento consumido.
Afim de garantir para seus consumidores que o produto atende todas especificações para criação de galinhas livres de gaiolas, a granja deve manter um sistema de avaliação do programa de bem-estar e promover melhorias contínuas.
Com o sistema implantado, é possível a certificação da granja através de certificadoras autorizadas que auditam o processo e, se tudo estiver dentro das normas, a granja fica habilitada a utilizar o selo de identificação, como o selo da AVAL. Esse selo é a garantia que o produto é auditado e atende as normas, ou seja, é de fato um ovo produzido por galinhas livres de gaiolas!
Nutricionalmente, os ovos podem até ser iguais, porém ao consumir um ovo produzido por aves livres de gaiola está se consumindo uma história! A história de luta pelo bem-estar dos animais e a compreensão de que não vale a pena explorar animais, pois não é sustentável!
Conhecendo agora todos esses manejos associados à criação de aves livres de gaiola entendemos porque existem no mercado ovos custando R$ 5,00 a dúzia e outros à R$ 8,50 a dúzia. Essa diferença não é só preço, mas com certeza é muito valor agregado ao produto para garantir um ovo com alta qualidade e conceito de bem-estar atrelado! Qual a sua escolha?
Ao comer os ovos enriquecidos da Ovos Mombuca você tem certeza que está consumindo ovos com alto conteúdo nutricional e ainda está fazendo parte daqueles que amam e protegem os animais! Até o próximo omelete!