Coronavírus, vitamina D, imunidade e o ovo: o que tudo isso tem em comum?

Você, com certeza absoluta, já ouviu sobre o coronavírus e deve estar cansado de notícias e memes sobre esse assunto. E porque estamos falando disso aqui no blog também? 

Viemos aqui para te trazer informações corretas sobre tudo que aconteceu, desde o surgimento da doença, passando pela declaração de pandemia até os dias de hoje. E, com isso mais claro na nossa cabeça, buscar te ajudar da nossa forma, com aquilo que sabemos. Assim, ajudamos vocês a se protegerem e também às suas pessoas queridas com conhecimento sobre o ovo!

Acredita que o ovo pode te ajudar nessa fase de insegurança? O ovo e, principalmente a gema do ovo, contem muitas vitaminas que mantem nossa imunidade boa e, desta forma, nos ajuda no combate às infecções. 

Primeiro vamos fazer um panorama do que aconteceu até agora e, se você não quiser ler mais sobre o coronavírus, pode pular direto para o subtítulo “O nosso sistema imunológico se tornou o herói em tempos de coronavírus!” para entender a participação do ovo na nossa saúde!

Coronavírus no mundo, a pandemia de 2020

Caso queira pular para o texto onde falamos sobre a imunidade, vitamina d e o ovo, clique aqui.

Em 31 de dezembro de 2019, a China reportou casos de pneumonia detectados na cidade de Wuhan causados por um agente desconhecido. O vírus só foi isolado no dia 07 de janeiro de 2020 e identificado como um novo tipo de coronavírus.

Nos dias 11 e 12 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu mais informações referente ao surto da doença estar associado à exposição no mercado de frutos do mar em Wuhan e no mesmo dia 12 de janeiro, a China disponibilizou a sequência genética do novo coronavírus para os demais países utilizarem no desenvolvimento de kits de diagnósticos específicos.

Então, no dia 13 de janeiro de 2020 ocorreu o primeiro caso confirmados fora da China, na Tailândia. Depois, no dia 15 de janeiro de 2020, o Japão registrou seu primeiro caso e no dia 20 de janeiro de 2020, a República da Coreia também teve seu primeiro caso reportado. Assim, a nova doença foi se espalhando pelo mundo.

Em 11 de fevereiro de 2020, a OMS deu o nome Covid-19 para a doença causada pelo novo coronavírus como uma abreviação para “doença do coronavírus de 2019”.

No Brasil, o primeiro caso foi reportado dia 26 de fevereiro de 2020 e em 11 de março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto como sendo uma pandemia. Até 31 de março de 2020, pelo menos 750 890 casos da doença foram confirmados em mais de 200 países e territórios, com grandes surtos nos Estados Unidos, Itália, China e Espanha. 

Pelo menos 36 405 pessoas morreram, sendo que o grupo de risco são pessoas acima dos 60 anos e pessoas com doenças crônicas, como: diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, insuficiência renal, doenças que comprometam o sistema imunológico, pacientes que receberam transplante de órgãos, que estão em tratamento de câncer ou que sejam HIV positivos.

Coronavírus no Brasil, como estamos?

Há pouco mais de 1 mês do primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil, estamos sendo bombardeados por informações, fatos e fakes, sobre esse novo vírus e a doença que ele causa.

O cenário atual que se desenha é alto inédito para a maior parte da nossa população, visto que a última pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi a da gripe A (H1N1), também chamada de gripe suína. Porém, aqui no Brasil, a pandemia da gripe A não causou tantas alterações na rotina das pessoas como fechamento de estabelecimentos comerciais e escolas, cancelamento de eventos públicos e isolamentos de áreas. 

Contudo, cabem aqui algumas considerações sobre os números que diferenciam essas duas pandemias. A taxa de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas. Essa taxa, na pandemia de H1N1, foi estimada em 0,026%, ou seja, 26 mortes a cada 100 mil casos. Já na Covid-19, doença causada pelo novo vírus, a taxa de mortalidade está em 4,84% no mundo, de acordo com dados da OMS, e está subindo a cada dia. 

Essa taxa é ainda maior em países como a Itália que registrou 11,39% de taxa de mortalidade. Em outras palavras, a pandemia atual possui uma chance maior de matar seus infectados de quase 190 vezes se comparado com os infectados pela gripe suína. Sabe-se, porém, que o número total de infectados com o SARS-CoV-2, como é conhecido o novo vírus, pode estar subestimado, o que reduziria sua taxa de mortalidade. 

Entretanto, na República da Coreia, uma maior parcela da população foi testada e obteve-se uma taxa de mortalidade de 1,65%, que representa, ainda assim, uma taxa de mortalidade 63 vezes maior do que a do H1N1. No Brasil, até o dia 31 de março de 2020, foram confirmados 4.256 casos e 136 mortes, de acordo com a OMS e, portanto gera uma taxa de mortalidade de 3,19%.

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Controle do avanço da transmissão viral. Como fazemos isso?

As formas de transmissão do SARS-CoV-2 ainda estão em andamento, porém a disseminação entre pessoas está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo, cerca de 1 metro, com alguém infectado está sob risco de ser exposta ao vírus. 

A transmissão dos vírus respiratórios, como neste caso, costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: saliva, espirro, tosse, toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Desta forma, e pensando em impedir a transmissão desenfreada, a OMS lançou mão de medidas como o isolamento social como forma de evitar que alguns casos de Covid-19 se tornem grupos de transmissão e, que estes se transformem em transmissão comunitária. 

Já foi demonstrado que países com transmissão comunitária conseguiram mudar o rumo do coronavírus e demonstraram que o vírus pode ser reprimido e controlado. Portanto, os países “têm de encontrar o equilíbrio entre proteger a saúde, minimizar o transtorno econômico e social e respeitar os direitos humanos”, enfatizou Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Outras medidas básicas de higiene também contribuem para prevenir o contágio, como:

– lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;
cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir, de preferência com cotovelo e não com as mãos;
– evitar aglomerações;
– manter os ambientes bem ventilados;
– não compartilhar objetos pessoais, como talheres e copos;
– evitar o contato das mãos com olhos, boca e nariz.

Vale ressaltar que, até o momento, não há evidências científicas que os animais domésticos, como cães e gatos, e os animais de produção, como as galinhas, possam ser infectados com o SARS-CoV-2 e transmitir a Covid-19! 

O que pode acontecer é, por exemplo, se uma pessoa doente tiver contato um cachorro, este pode carregar o vírus por um tempo e, caso outra pessoa também tenha contato com esse mesmo cachorro e leve a mão à boca, nariz ou olhos,pode ocorrer a infecção. Nesse caso, o animal é apenas um carregador do vírus, da mesma forma que um objeto como um talher, e que não fica doente e nem produz novas partículas virais para transmissão.

No caso das galinhas, estas podem ser infectadas por um outro subtipo de coranavírus, o vírus da bronquite infecciosa das galinhas (IBV), e não o SARS-CoV-2! O IBV também pertence ao gênero coronavírus, porém esse gênero é dividido em 3 grupos de acordo com suas características genéticas. 

O IBV pertence ao grupo 3 ou Gammacoronavirus e infecta apenas as galinhas. Já o SARS-CoV-2 foi classificado como do grupo 2 ou Betacoronavirus junto com outros vírus respiratórios humanos como os agentes da SARS e da MERS, doenças que também causaram complicações graves e impactos na saúde pública em 2003 e 2012, respectivamente.

E para quem acha que o coronavírus é um “vírus novo” como dizem, segundo relatos médicos, os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez ainda no ano de 1937!!

O nosso sistema imunológico se tornou o herói em tempos de coronavírus!

Com todas essas medidas sendo tomadas pelo mundo inteiro, cabe a cada um de nós contribuir com sua participação no controle dessa doença. Isso porque, como ainda não temos medicamentos ou vacinas para nos proteger desse novo vírus, combatê-lo depende da capacidade de resposta de cada individuo à doença, de adotarmos medidas mais rígidas de higiene e de seguirmos as orientações de isolamento social da OMS. 

Sendo assim, mesmo que não impeça ninguém de contrair a doença, ter uma boa imunidade ajuda nosso organismo no combate à infecção. E é nessa hora que o nosso ovo entra em ação!

Um pesquisa realizada na Universidade de Turim na Itália por dois professores, Giancarlo Isaia, professor de geriatria e presidente da Academia de Medicina da cidade italiana e Enzo Medico, professor de histologia, concluiu que a maioria das pessoas infectadas pelo coronavírus apresentavam carência de vitamina D.

Esse resultado explicaria a maior prevalência de casos no hemisfério norte, onde o inverno é a estação do ano. Nesta época se tem menor exposição à luz do sol, que é a principal fonte dessa vitamina para nosso corpo, o que pode ocasionar mais casos de hipovitaminose D.

Para o estudo, a vitamina não é uma cura, mas sim uma ferramenta capaz de reduzir os fatores de risco da doença. Os dados da pesquisa, segundo os dois especialistas, mostraram que a vitamina D tem papel ativo na regulação do sistema imunológico. Outras evidências indicam que a vitamina D tem um efeito “na redução do risco de infecções respiratórias de origem viral, inclusive na do coronavírus”. A vitamina também teria capacidade de combater danos pulmonares causados por inflamações.

Sendo assim, eles recomendam aos médicos que garantam níveis adequados de vitamina D na população e, sobretudo, em pacientes já infectados, seus familiarese agentes de saúde. Além disso, os autores dizem que a administração intravenosa da forma ativa da vitamina D, o calcitriol, também pode ser considerada em pacientes da Covid-19.

Mas como a vitamina D influencia em nossa imunidade?

A principal função da vitamina D no nosso organismo é facilitar a absorção de cálcio para o corpo. O cálcio, por sua vez, é essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos e dentes. Entretanto, a vitamina D é responsável por outras atividades, trabalhando como reguladora do crescimento, sistema imunológico, cardiovascular, músculos, metabolismo e insulina. Falamos um pouco sobre a vitamina D no post sobre “O que tem dentro do ovo” e agora iremos um pouco mais fundo nesse assunto.

Sabiam que a vitamina D na verdade é um hormônio? É verdade, os cientistas descobriram que a vitamina era um hormônio na década de 70 e, como sua nomenclatura já estava consolidada como vitamina, assim permaneceu. “A importância da vitamina D pode ser vista quando ela está em falta no nosso organismo. Em adultos, os ossos se tornam frágeis (osteoporose), com riscos de fraturas espontâneas”, é o que explica o Dr. José Antonio Miguel Marcondes, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Segundo ele, nessas situações há também uma perda de força muscular que pode facilitar as quedas. Em crianças, a deficiência da vitamina D pode comprometer o crescimento e gerar uma má formação dos ossos, conhecido como raquitismo.Como vimos há pouco, a vitamina D é um hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo em nosso organismo, aumentando a absorção desses sais minerais no intestino. Portanto, é responsável pela saúde de nossos ossos, e tem um papel importante na força muscular, inclusive do coração. 

Quando há a deficiência da vitamina no organismo, é maior o risco de quedas e fraturas, devido à fraqueza muscular e no músculo cardíaco, tem influência no controle das contrações. Com relação ao sistema imunológico, as células que compõe o sistema imune, como os linfócitos, tem receptores para vitamina D, a qual atua no fortalecimento desse sistema de defesa do organismo, auxiliando na prevenção de doenças como a Covid-19.

Como obter a vitamina D? Tem vitamina D no ovo?

A vitamina D é lipossolúvel, ou seja, para ser absorvida no intestino, precisa da presença de gorduras, quando adquirida por meio de alimentos. Porém, a principal fonte de vitamina D é a nossa pele e, portanto a principal forma de ativar a vitamina D no organismo é através da exposição solar por pelo menos 20 minutos por dia, sem filtro solar, no inicio da manha e no final da tarde, de acordo com o endocrinologista Marcondes. 

Os alimentos que são fonte de vitamina D são: peixes gordurosos, óleo de fígado de bacalhau, cogumelos secos e, também, leite, fígado bovino e ovos! Os ovos contem 18,3 UI de vitamina D por unidade, a qual está 100% presente na gema do ovo. Sendo assim, quando consumir o ovo, não descarte a gema, mas aproveite para consumir todos seus benefícios. 

Temos um post no blog que explicamos as diferenças na cor da gema, quer saber mais? Clique aqui.

Qual a necessidade diária de vitamina D?

A quantidade necessária de vitamina D por dia varia de acordo com a idade, sendo que para crianças de até 1 ano de idade é recomendado 400 UI por dia, pessoas de 1 à 70 anos, 600 UI e para idosos acima dos 70 anos a necessidade aumenta para 800 UI. 

Sendo assim, o consumo de 1 ovo representa 3% nas necessidade diárias recomendadas de vitamina D. Se associada à exposição solar, a ingestão de ovos contribui para aumentar nossos níveis de vitamina D no organismo e assim, garantir que nossa imunidade esteja muito preparada para enfrentar esses momentos de crise! Se cuidem, de longe, e até o próximo omelete, com dois ovos para ficarmos fortes!

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